terça-feira, 17 de julho de 2007

CIGARRO...LIVRE, ENFIM


O cigarro não está com nada. E você com certeza sabedisso. Então fumar para quê? Peça o divórcio dele de uma vez por todas. Nós temos o plano para você cortaro vício pela raiz
Por: Anderson MoçoPublicado 03/07/2007
Parei de fumar há seis meses, depois de oito anos consumindo no mínimo um maço de cigarros por dia. A batalha contra o tabagismo foi dura, mas consegui me manter firme em meu propósito. Realizei a façanha usando apenas a força de vontade - como fazem 85% dos fumantes que decidem abandonar o vício -, sem ter de recorrer à ajuda médica nem aos remédios. E também não compensei com comida a falta do cigarro. Por isso, afirmo: se ganhei essa parada, você também consegue.
Fácil não foi (quase nunca é). Durante as primeiras semanas experimentei todos os sintomas ruins de abstinência. E você acha que abandonei o vício assim na raça porque era um cara controlado? Que nada. Eu era completamente viciado. Não importava se estava doente, gripado: quando batia a vontade, acendia um cigarro e pronto. Mesmo que fosse para depois ficar tossindo absurdamente durante horas. Um pouco antes de parar, aos 22 anos, costumava dizer que o relacionamento com o cigarro tinha sido o mais duradouro da minha vida.
"Cerca de 90% dos fumantes iniciam a escalada rumo à dependência ainda na adolescência", diz o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, chefe do Ambulatório Antitabagismo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Comigo não foi diferente. Comecei aos 14 anos, sem saber tragar direito, mas insisti. Achava que nunca ficaria viciado, que conseguiria parar no momento em que quisesse. Quando me dei conta, já era tarde: tinha alcançado a média dos 20 cigarros por dia e meu cérebro já estava afetado pela nicotina. Isso mesmo: ninguém fica viciado logo nas primeiras tragadas. É preciso insistir para que a droga crie a dependência no cérebro.

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